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domingo, 25 de setembro de 2011

ÉVORA , UMA CIDADE e SUA INCRÍVEL ARQUITETURA.







Ao contrário das metrópoles europeias, que exigem tempo para serem desbravadas, a cidade portuguesa de Évora é um lugar que se encaixa perfeitamente em uma viagem de um dia.

Localizada a duas horas de Lisboa, a cidade reúne, em espaço relativamente curto, uma incrível combinação de arquitetura romana, gótica e barroca - que ajudou Évora a ser eleita Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

Mas há muitos outros aspectos na cidade que são um pouco como suas igrejas: austeras por fora, mas com interiores suntuosos, adornados com folhas de ouro reluzentes e azulejos deslumbrantes.
Évora proporciona um ótimo passeio para um um pernoite, porque seus encantos são variados e prazerosos, assim como os petiscos e aperitivos que abrem a maioria das refeições aqui. Também ajuda o fato de esses encantos se localizarem a, no máximo, cinco minutos um do outro.

No ponto mais alto da cidade murada, uma imponente catedral medieval fica ao lado do Museu de Évora, que por sua vez é vizinho da Pousada dos Loios, situada dentro de um convento do século 15.

Diante da pousada fica a Igreja de São João Evangelista, toda revestida de azulejos, que divide o pátio com o palácio da família Cadaval, onde você encontrará quadros históricos e decretos reais do século 17.

Diante do palácio ficam as ruínas de um templo romano, e na frente delas se encontra um pequeno parque com vista para os telhados vermelhos de Évora e um longo aqueduto do século 16. São quase dois mil anos de história em 20 passos, e é possível ver tudo facilmente em duas horas.

História à vista

Capital do Alto Alentejo de Portugal, Évora possui uma história impressionante, com períodos como importante centro mercantil romano e baluarte fortificado mouro. Ela se transformou no centro da corte portuguesa durante a dinastia Avis (1385-1580), quando muitos de seus prédios mais grandiosos foram construídos.

Igualmente relevante para o apelo da cidade é o fato de o Alentejo ser um destino gastronômico e enológico de primeira linha, relativamente barato e sem frescuras.

As receitas alentejanas são mais picantes do que a maioria dos pratos portugueses, com um uso mais ousado de condimentos como o coentro. E os excelentes vinhos da região incluem brancos perfeitos para o calor do verão e tintos encorpados que, nos meses mais frios, casam perfeitamente com guisados e carnes.

Grande parte dos excelentes presuntos do país e outros produtos de porco vem daqui, assim como a maioria das rolhas do mundo. Os famosos porcos de patas pretas da região, aliás, engordam com os frutos que caem dos sobreiros e azinheiras, que se erguem nas colinas do Alentejo.

Durante o verão, as manhãs são o melhor momento para explorar o emaranhado de ruas estreitas de Évora. E um dos locais mais inusitados da cidade é a Capela dos Ossos, na Igreja de São Francisco, decorada com os ossos e crânios de mais de cinco mil monges.
As ruas da área, por sua vez, oferecem belos vislumbres da vida local, além de abrigar pequenos cafés, tavernas e lojas como a Lojatelier 73 (Rua Serpa Pinta, 73), que vende cerâmicas, aventais, bolsas e sacolas desenhadas pela proprietária, Isabel Bilro.

Já as ruas mais movimentadas levam à praça principal da cidade, a Praça do Giraldo. Aqui você encontrará o escritório de turismo e os grandes bancos, assim como vários empórios de tecidos coloridos e cerâmicas. Ao norte da praça vale a pena procurar a Mont’Sobro, na Rua 5 de Outubro, 66, que oferece uma enorme variedade de produtos – desde fruteiras e pisos cerâmicos até malas e guarda-chuvas feitos de cortiça.

Gastronomia

Entre as experiências culinárias mais populares de Évora está o jantar do Tasquinha d’Oliveira, um local minúsculo (14 lugares) que serve petiscos como alcachofras cozidas com presunto, costeleta de cordeiro empanada e cogumelos com hortelã. Todos possuem uma bela apresentação, e já estarão sobre a mesa quando o cliente chegar. Enquanto os clientes se servem dos pratos, novos chegam, como queijo fresco de leite de cabra com geleia de figo, bolinhos de bacalhau e pastéis saborosos, recheados com perdiz e alho assado.

Outro local de destaque é o Dom Joaquim, onde o chef Joaquim Almeida orienta os gourmets a provarem apenas um ou dois petiscos antes de comerem suas versões elegantes de pratos rústicos alentejanos, como o Almofada – uma torta de carne de porco para duas pessoas (custando apenas 14 euros).

Um tipo diferente de criatividade está à mostra do outro lado da rua, em uma nova galeria. O Arco, na Rua dos Penedos, 15, onde um antigo morador de Évora, Francisco Piteira, restaurou meticulosamente um aviário do século 15, que antes abrigava os falcões da família real, transformando-o em uma galeria para antiguidades (incluindo cômodas e armários portugueses clássicos) e pinturas de artistas portugueses contemporâneos.

Arredores

A cidade de Évora certamente tem encanto suficiente para prender sua atenção por dois (ou mais) dias, mas, como você provavelmente chegará de carro, também há muito o que explorar nas proximidades. A 30 minutos de distância ficam os charmosos vilarejos de Monsarraz, Estremoz e Vila Viçosa, com seus palácios barrocos e igrejas medievais. Ao norte, a cidade de Arraiolos é um grande centro de tapeçaria.
Também há abundância de vinícolas, como a Herdade de Coelheiros, cujos rótulos de seus vinhos Tapada de Coelheiros são inspirados nos famosos tapetes de Arraiolos. Ainda mais perto de Évora fica a Adega de Cartuxa.

Caso você venha de Lisboa ou da Espanha, é possível traçar um itinerário que inclua grandes e pequenos produtores. Como o Alentejo não é uma região vinícola tão conhecida como o Douro, as visitas são geralmente informais, mas fazer um agendamento é uma boa ideia (é possível encontrar mais vinícolas e detalhes no site vinhosdoalentejo.pt).

A área é também rica em sítios arqueológicos, incluindo o sítio megalítico Almendres – criado dois mil anos antes de Stonehenge e considerado um dos monumentos conhecidos mais antigos da humanidade. Uma antiguidade mais recente é o aqueduto Água da Prata, do século 16. E ainda mais novo é o caminho verde que permite aos andarilhos do século 21 seguir esta estrutura impressionante pelo interior alentejano.

Parece muita coisa para apenas um dia, mas não é. E se no futuro você resolver voltar a Évora, tenha certeza que será para ver as coisas que te impressionaram na primeira viagem, e não para conhecer algo que tenha ficado de fora do roteiro.


Fonte de Pesquisa:http://viagem.uol.com.br/ultnot/2011/09/25/a-duas-horas-de-lisboa-evora-oferece-historia-gastronomia-e-arquitetura-diversificada.jhtm

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Deus faz-nos ver maravilhas e realiza proezas que não compreendemos. Jó 37:5